A pena que me dá ver essa gente
Com sacos sobre os ombros, carregadíssima!…
Às vezes é meio-dia, o sol tão quente,
E os fardos a pesar, Virgem Santíssima!…
À porta dos monhés, humildemente,
Mal a manhã desponta a vir suavíssima,
Vestindo rotas sacas, tristemente
Lá vão ‘spreitando a carga pesadíssima…
Quantos velhinhos já, avós talvez,
Dez vezes, vinte vezes, lés a lés
Num dia só percorrem a cidade!
Ó negros! Que penoso é viver
A vida inteira aos fardos de quem quer
E na velhice ao pão da caridade…
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Com sacos sobre os ombros, carregadíssima!…
Às vezes é meio-dia, o sol tão quente,
E os fardos a pesar, Virgem Santíssima!…
À porta dos monhés, humildemente,
Mal a manhã desponta a vir suavíssima,
Vestindo rotas sacas, tristemente
Lá vão ‘spreitando a carga pesadíssima…
Quantos velhinhos já, avós talvez,
Dez vezes, vinte vezes, lés a lés
Num dia só percorrem a cidade!
Ó negros! Que penoso é viver
A vida inteira aos fardos de quem quer
E na velhice ao pão da caridade…
(Rui de Noronha - poeta moçambicano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário