sábado, 21 de fevereiro de 2015

Poema perdido

A Diogo Lessa

O cu da musa te deslinda, à pele,
invagina o equilíbrio:
- Não adiantará louvar-me,
Cativo!

- Meus lábios logo torcerão o falo soluçante...
- Pronto! Laudo médico:
"Asfixia fendo-peniana: fagocitose!"
O povo na rua:
"- Morreu de cul-pa"

Eis agora, a memória do vitimado
no Livro de Atos:
- Ó embebido ululante, fal(h)o,
o meu verso é pra t'engolir.

(Ari Sacramento - Ogum's Toques Negros: Coletânea Poética, 2014, p. 50)

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