domingo, 22 de março de 2015

Eu não quero troco

Olhaêê, a poesia Preta freguêsa! (2 x)

Venham, venham! Chegue mais!
Tenho letras misturado a sílabas,
Sílabas misturada a versos,
Versos de todos os jeitos e formas,
E de versos.
Ah! E de versos eu entendo bem.

A nossa moeda de troca, não é dinheiro,
Não é cartão, não é cheque,
É o teu sorriso e um pouco do seu tempo.
Pode ser?

Olhaêê, a poesia Preta freguêsa! (2 x)

chegando hein? chegando!
subindo a ladeira com o meu cesto de falas lindas,
Cheios de estrofes,pontos gramaticais,
Interrogações, pontos de seguimentos,
Travessões, dois pontos:
Exclamações!

A nossa moeda de troca, não é dinheiro,
Não é cartão, não é cheque,
É o teu sorriso e um pouco do seu tempo.
Pode ser?

Olhaêê, a poesia Preta freguêsa! (2 x)

Ô cumadi! Vai pegar outro exemplar comigo hoje?
- Sim, sim!
- Tem aquela poetisa Preta, a Gonesa Gonçalves?
- Tem aquele poeta Preto, o Raphael Mukumbi Lisboa?
Tenho sim cumadi, tenho sim. Tenho esses e outros mais de 300 que nos representam e nos representaram por todos esses anos!

Não há mercado ou venda quando se fala de poesia Preta,
Porque se marginais somos, o lucro é a consequência,
Somos o boicote a esse tal jogo de interesse elitizado,
Somos a derrubada dos medalhões entregues a esses bostéticos acadêmicos,
Somos a luta pelo verdadeiro direito,
Somos a fala dos que promovem uma Nova História,
Somos a dor dos que já se foram.
Somos marginais...
Somos marginais andantes, semeando a resistência.

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